sem
sumo!
a
cidade era uma laranja cinzenta, seca, sem sumo e extenuada dos anos,
as cores agarraram o dia, cheio de imperfeições. não havia
caminhos traçados, nem trilhos calcados. era o vazio que habitava o
dia da laranja com cores .
os
silêncios escutavam-se nas esquinas das casas desbragadas e
preciosamente dormiam na poeira dos talentos
na
rua já não brincavam as meninas,
o
tempo passou por uma, mas ela não soube passar o tempo.
vivia
na teimosia de uma vaidade sem prazos.
foi
um outono de hábitos despida e um inverno de alma gelada.
entrou
ao lado da primavera mas nem as flores brilharam,.
a
menina da cidade de laranja quis ser verão com sabor a mar, mas nem
o verão, nem o mar quiseram a menina das manias tresloucadas.
a
outra menina partiu, foi viver a doçura da vida, na cidade sumarenta
de sensações.
na
cidade sem sumo o ar falava numa página de amor, o único esforço
de vida de um tempo..
flutuavam
gritos de
silêncio num
remexer estonteado de olhares de seres vegetativos
as
palavras que ainda tinham vida, recordavam genuínos sentires de
figuras prestigiosas, eram os amores das páginas colocadas no
ser
secretos
continuavam os olhares, queimavam e rescindiam o poder das cores
agarradas à cidade seca.
a
morte espreitava, andava à solta. queria a amiga da menina
tresloucada
uniram-se
as palavras, transfiguraram as alucinações em energia. os olhares
conceberam corpo. luziram as cores. as mãos moldaram o esforço dos
espaços diurnos e as pedras formaram o friso no princípio da razão
a
menina da cidade sumarenta cresceu, foi
mulher
perfeita em sensibilidades. da sua janela fértil nascem palavras que
fazem sorver amor
a
cidade agora vive, fora da outra vida, inunde nomes rasgados de um
ventre ligados à lua e ao sol
helena
maltez
na rua já não brincavam as meninas,
vivia na teimosia de uma vaidade sem prazos.
foi um outono de hábitos despida e um inverno de alma gelada.
a menina da cidade de laranja quis ser verão com sabor a mar, mas nem o verão, nem o mar quiseram a menina das manias tresloucadas.
flutuavam gritos de silêncio num remexer estonteado de olhares de seres vegetativos
secretos continuavam os olhares, queimavam e rescindiam o poder das cores agarradas à cidade seca.
uniram-se as palavras, transfiguraram as alucinações em energia. os olhares conceberam corpo. luziram as cores. as mãos moldaram o esforço dos espaços diurnos e as pedras formaram o friso no princípio da razão
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